Ter um veículo com anos de uso não é uma ciência exata, muito menos uma loteria. Se o automóvel foi bem cuidado e o dono fez manutenção preventiva, pouco provável que vá dar problema. Mesmo assim, tem uns carros usados que são classificados como os piores porque têm defeitos crônicos e, no caso de uma negligência nas revisões, podem transformá-los numa dor de cabeça constante.
Conheça agora alguns modelos que entram nessa lista indesejada. Para muitos, são os piores carros usados do mercado para se ter justamente pela má fama na mecânica ou pelos problemas que afetam milhares de unidades.
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1. Chery Celer
Primeiro carro de marca chinesa produzido no Brasil – antes de se associar a Caoa – o Celer não vendeu quase nada e ainda tem fama de ser um dos piores usados do mercado. Com fama de frágil e motor 1.5 manco, hatch e sedã acabam com péssima liquidez e falta de peças no mercado de segunda mão.
Entre os defeitos mais comuns, o Celer apresenta folgas no pedal do freio. O câmbio manual de cinco marchas também costuma apresentar falhas na caixa e trepidações excessivas. Problemas elétricos ainda são comuns. Por isso está entre os piores carros usados.
2. Chevrolet Agile
Um “medalahão” na lista dos piores carros usados: o Agile foi um grande equívoco da General Motors na segunda metade dos anos 2000. Primeiro produto do Projeto Viva, usa a base do Corsa de primeira geração e tem calibragem de carroceria que deixa a desejar.
O modelo chegou para brigar com o Volkswagen Fox na categoria de hatches altinhos e essa altura também não ajuda no comportamento dinâmico. Tampouco o motor 1.4. Logo foi apelidado de “Fragile”.
Também é considerado um carro usado ruim por causa de problemas crônicos. A mangueira de combustível resseca com facilidade, deixa aquele cheirinho de gasolina ou etanol na cabine e exige trocas periódicas.
Defeitos mais recorrentes no Agile dizem respeito ao sistema de ignição. Cabos de velas e bobinas têm desgaste precoce. O catalisador também costuma ser fonte de dor de cabeça.
3. Chevrolet Captiva
O Captiva, SUV médio da General Motors, foi lançado no Brasil em 2008 com custo-benefício feroz. O Captiva logo tornou-se um rival do Honda CR-V e vendeu bastante, mas hoje é um dos piores carros usados do mercado.
Acúmulo de borra no reservatório do fluido da direção hidráulica costuma danificar a bomba do sistema e deixar o volante muito rígido. Discos de freio que precisam ser trocados muito cedo e defeitos na suspensão são comuns, tanto nos modelos com motor Ecotec 2.4, como nós com Alloytec 3.6.
No caso das versões com o motor V6 maior ainda há um problema crônico no câmbio automático de seis marchas. Rompimento do disco e defeitos no sistema planetário acarretam em travamentos e falhas na transmissão.
4. Citroen C4 Pallas
O Citroën C4 Pallas foi produzido na Argentina e vendido por aqui entre 2007 e 2013, tempo suficiente para fazê-lo figurar, hoje, entre os piores carros usados do Brasil. Destaca-se pelo espaço interno, porta-malas amplo e acabamento interno. Porém, questões mecânicas e elétricas o tornam um dos piores carros usados do pedaço.
A começar pela transmissão automática AL4. São frequentes os relatos de casos de travamento do câmbio, trancos e até reduções abruptas antes do tempo.
Os amortecedores são outra questão e costumam não durar nem 10 mil km. Sem falar no desgaste fora do normal de bieletas e dos coxins do motor. Panes elétricas ainda entram no rol de queixas.
5. Fiat Freemont
O Fiat Freemont, é outro SUV médio que fez sucesso pelo custo-benefício e espaço para até 7 passageiros, mas que requer atenção entre os carros usados. Irmão mais simples do Dodge Journey, o Freemont usa o motor 2.4 de 172 cv, fraco para seu porte e beberrão – médias de 6,5 km/l de gasolina na cidade.
Outros pontos a serem observados neste carro usado da marca italiana dos tempos de FCA são o sistema de arrefecimento – com vazamentos constantes – e os discos e pastilhas de freio, que têm desgaste acentuado. A caixa de direção também é problemática, com histórico de barulhos incomuns e vazamentos de fluido.
6. Ford Fusion 3.0
O câmbio automático é o grande drama do Ford Fusion, um dos piores carros usados do mercado, especialmente no caso dos modelos com motor 3.0 V6. A transmissão de seis marchas costuma gerar trancos excessivos e com dificuldades em passar as marchas, além de relatos de quebras e vazamentos do óleo da caixa.
A suspensão do sedã médio-grande também merece cuidados e atenção extra. Balanças, molas e amortecedores não duram muito. O mesmo ocorre com buchas, pivôs e coxins do sistema de direção. No motor, falhas no corpo da borboleta da admissão são normais.
7. Peugeot Hoggar
Aqui é um conjunto de fatores que torna a Hoggar um dos piores carros usados do mercado. Apesar da boa caçamba e da capacidade de carga acima dos 600 kg, a picape tem várias questões.
A começar pelas versões com motor 1.4, fraco para mover o modelo de mais 1,2 tonelada (isso vazio). Some a isso problemas crônicos na suspensão dianteira, com desgaste prematuro de itens como buchas, pivôs e batentes.
Tem ainda a polêmica base da Hoggar, que é o 207 brasileiro. Modelo que ficou mais conhecido por 206,5 por manter a plataforma do 206.
8. Peugeot 207 Passion
O sedã originário do mesmo projeto do “206,5” padece de males parecidos. A suspensão dianteira, principalmente, com a fama de componentes frágeis como na Hoggar.
Outro aspecto que torna o 207 Passion um dos piores carros usados é a manutenção de algumas peças simples. A troca de um rolamento traseiro exige ferramental específico e há pouco espaço no local para o mecânico fazer o reparo.
9. Renault Fluence
O sedã de origem sul-coreana foi até um modelo considerado injustiçado quando zero, mas no mercado de usado ganhou fama de carro complicado. Isso por causa do motor 2.0, considerado defasado para o três-volumes.
Mas também tem lá seus defeitos “prediletos”. A coluna da direção costuma ser problemática e fazer barulhos estranhos. Os reparos no sistema ainda têm valores proibitivos.
O Fluence tem mais uma questão crônica, de construção: a coluna central. Estalos vindos desta parte da carroceria são percebidos quando o carro passa por quebra-molas, buracos ou valetas.
10. Volkswagen Amarok
A VW Amarok nunca teve vida fácil no Brasil e no mercado de veículos seminovos não é diferente. Fecha a lista dos piores carros usados devido a problemas diferentes.
A Amarok apresenta defeitos recorrentes na válvula recirculadora de gases do escape. Isso ocasiona perda de potência e ainda afeta o sistema de arrefecimento, o que pode levar a superaquecimento.
A correia dentada é outro drama. A peça acumula sujeira com facilidade, resseca rapidamente e pode se romper antes do prazo de troca.
Panes no motor V6 e na caixa das versões manuais também são comuns. A bomba de alta pressão é outro componente da picape que costuma dar problema.
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