Como faz todos os anos desde 2013, o Observatório Nacional de Segurança no Trânsito (ONST) inicia no mês de maio uma campanha em favor da diminuição do número de acidentes que colocam o Brasil numa posição vergonhosa ou no mínimo incômoda no cenário mundial. Foram 142.000 vidas ceifadas ao longo dos últimos quatro anos, média de 35.000 a cada 365 dias.
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É necessário ressaltar que, apesar do número crescente da frota circulante brasileira (47,1 milhões de veículos leves e pesados, além de 13,3 milhões de motocicletas, totalizando cerca de 60,4 milhões, segundo o estudo do Sindipeças publicado no início deste mês e referente a 2023), o número de falecimentos por acidentes de trânsito em termos anuais tem mostrado pequenas variações para mais ou para menos.
Os números de mortalidade já foram maiores, beirando até 45.000 falecimentos entre 12 e 10 anos atrás. No entanto, é preciso agir com firmeza para que as mortes caiam mais. Um fato incontestável: motociclistas se envolvem em acidentes fatais em número muito maior em relação à frota.
Na maior cidade do País, São Paulo, a média indica um motociclista falecido por dia (360 por ano). Já houve um pequeno progresso com a criação da faixa azul, exclusiva para motos e scooters, o que ajudou a disciplinar o fluxo entre os veículos e evitado acidentes.
Entretanto, nos horários de rush e mesmo fora destes formam-se filas intermináveis de motos em movimento ou paradas que bloqueiam mudanças de faixa de outros veículos, mesmo que estes acionem setas. Autoridades de trânsito até criaram placas estimulando a gentileza no trânsito de observar a indicação de motoristas que precisam ou desejam mudar de faixa. Até agora, sem muito sucesso…
Da mensagem deste ano do ONSV para o Maio Amarelo, destaco trechos muito inspiradores de três Observadores Certificados, do Maranhão: Anderson Boás, Ulisses Bertoldo e Johnathan Fontinele.
“Este tema não é apenas um slogan. É, primordialmente, um manifesto por mudanças profundas em nossa maneira de perceber o trânsito e de como nele nos comportamos. A paz desejada nas vias começa com a reflexão e a ação individual, mas também se expande em ondas, alcançando a coletividade. É um chamado que beira a filosofia e a sensibilidade espiritual, para que cada pessoa se perceba como parte essencial de um sistema maior, onde suas escolhas e comportamentos têm o poder de salvar vidas.
“A paz no trânsito realmente começa por você, por nós, por todos. Vamos juntos transformar essa visão em realidade, para que as futuras gerações herdem vias mais seguras e uma sociedade mais consciente e solidária. No trânsito, a escolha pela paz e pela vida é a única opção aceitável.”
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